Ontem saí das aulas, chateado por ter corrido mal o teste de matemática II, encaminhei-me para o metro, como a minha colega Joana está doente, rápidas melhoras calmeirona, ofereci metade do meu chapéu de chuva e uma possível dor na lombar, eu não sou alto, 1.73 tem sido suficiente, mas a Joana, já elucidada por mim, teria um futuro risonho, como salva-vidas de aquário. Se vieres aqui sabes bem que só brinco com quem gosto e preocupo. Já estás habituada :)
Chego ao quimbas, arranca às 23.30, passo algum tempo ao telefone e são 23.50 e ainda me encontro no cais. Um aluimento de terra em Caxias pára a circulação por tempo indeterminado. Ligo à minha susypaula, não, não é um travada, não é que seja contra, mas não é do meu interesse, está de pijama, num acto heróico mete-se no carro e faz vinte km para me vir buscar, e agora depois desta palha toda vem a parte interessante, escolhi as duas pessoas que me pareciam mais aflitas, um segurança que ia trabalhar e uma senhora, sem aliança possivelmente vivendo sozinha e sem ninguém para ajudar, ofereci-me, o segurança justificou qualquer entre dentes, a senhora adorou, depois com um lugar disponível perguntei se mais alguém queria boleia, lá veio uma estudante de ciências políticas. Deixámos as senhoras em casa e com um sorriso de orelha a orelha voltámos para casa.
Tenho orgulho em ti.
Comente, porque os blogs vivem dos comentários.
Não é Ana! :)
Gosto desses altruísmos instantâneos. :-)
ResponderEliminarUm dia também eu tive um episódio semelhante. (E isto até parece estúpido dizer, depois de ter contado um "episódio semelhante" no post do Rest. Chinês. Mas eu vou contar. É rápido.)
7h15 na estação de Ovar. Pessoas à espera = para lá de muitas. Comboios = 0.
7h30: ainda mais pessoas à espera vs. zero comboios.
7h45: pessoas aflitas para chegar ao trabalho em Aveiro.
Anunciaram que havia uma greve qualquer. Vai daí, decidi ir de carro (eu deixava sempre o carro naquela localidade e fazia o resto de comboio, porque era cómodo, barato, e vá, porque eu tenho um delírio por comboios). Ofereci boleia ao jovem e à jovem que sorriam todos os dias para mim na qualidade de vizinhos de carruagem. Aceitaram. Olhei para trás e aleatoriamente estava uma senhora nos seus late sixties. Perguntei para onde ia. «Para o Hospital de Aveiro visitar o meu marido internado.» E lá formos, 4 companheiros de carro muito pouco prováveis. Foi giro, e curiosamente fiquei amiga da jovem, que ainda hoje me é próxima.
(Aquele momento em que percebemos ter deixado um autêntico testamento como comentário. Sorry por "roubar" tempo de antena ao teu moleskine.)
Hoje a caminho da meia também demos boleia a um casal, de Algés até Campolide para apanhar o comboio da ponte. Adoro a sensação da mudança de expressão na cara das pessoas, pode ser que, aos poucos, vá mudando a opinião das pessoas com o efeito bola de neve.
EliminarQuem já é da casa todo o tempo de antena que necessitar.
Como é que se chamava aquele filme? "Favores em cadeia", não era? Sempre considerei a ideia gira, mas um bocado holliwoodesca. Vou experimentar.
EliminarNão conheço esse filme, logo googlo para saber qual é a idéia.
EliminarOra aqui tens, serviço público. A ideia parece um bocado romantizada, mas pode ser funcional. Aguardo que a coloques em prática e partilhes. :-P
EliminarAgora sim, confere. Tumbas! Vou te minar de comentários pouco inteligentes e chatos hihihi
ResponderEliminarQualquer comentário é sempre bom.
EliminarPraticar boas ações é sempre bom para o coração:) O nosso e o dos outros! Continuação da veia altruísta ;)
ResponderEliminar[Por aqui também sou assim, de fazer bem às pessoas só porque sim e é tão bom!]
É mesmo essa a razão para as acções que pratico, sejam consideradas boas por uns e exibicionistas por outros. A alegria no rosto das pessoas é uma "buja" no nosso coração :)Bem-vinda.
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