Contador de animais mortos pela nossa gula!

Número de animais mortos para carne, leite e ovos, desde desde o momento em que abriste esta página. Isto não inclui os biliões de peixes e outros animais aquáticos mortos anualmente, pois o número é imensurável.

Baseado nas estatísticas de 2007 da FAO (Food and Agriculture Organization) Global Livestock Production and Health Atlas.

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Este post não será fácil

Hoje tive a conversa de seis anos e meio.

Hoje em dia o amor não é levado à séria, tomando a definição mais ampla de amor.
Terminei um relação de seis ano e não-sei-quê por volta de não-sei-bem-quando. À semelhança dos homens, nunca me lembrei das datas, mas sabia bem quem tinha a meu lado, sabia o que se escondia naqueles 50 quilinhos tão perfeitos desde o primeiro dia em que te dirigiste a mim com um atrevido "Então! porque não me enviaste mensagem no meu aniversário!?" Talvez já soubesses a magia que estava prestes a acontecer dias depois no nosso segundo encontro. "Na ponta do sofá me sentei e fixei-me na TV sem prestar atenção ao frenesim de imagens que passava. Senti que me olhavas aguardando sempre aquele segundo em que eu ganhava coragem e te olhava nos olhos". Minutos depois estávamos entrelaçados, enrolados, unidos de tal forma que nunca julguei ser possível o dia não-sei-quê existir. E existe!
Horas depois, procuravas a Torre das flores, que não tem uma única flor, perdeste-te e ligaste-me, eram três e quase quatro.Orientei-te e encaminhei-te até mim. Desci, entrei no teu carro e levaste-me para uma vida que nunca tive, e que nunca terei. Uma vida de pura felicidade, de uma intensidade tal que julgamos estar noutra dimensão. Durante dias não dormi, não descansei, queria apenas estar contigo, passear contigo, mostrar-te como "sou bom" para que nunca me deixasses, para te mostrar que escusavas de procurar mais porque eu tinha chegado e que estava ali para ti, para nós, e para os que viessem de nós, sim Os!
Mas nós homens, passados algumas semanas, meses, anos, não sabemos manter este equilíbrio, não sabemos resolver alguns problemas, como as lacunas fisiológicas que nos tentam a "arrastar a asa". Aconteceu comigo! Mas tu, ser incrível soubeste aguentar o nosso barco porque sabias o que sentia por ti. Porque mesmo com esse erro único na minha vida, saberias que não passava disso mesmo, de um erro. Voltámos a navegar juntos, o vento voltava a soprar a nosso favor, só não reparámos na água que entrava no porão por esse buraco criado por mim.
Vivemos tempos difíceis. Ajudaste-me a entender-me, a restabelecer-me. Mas eu não o consegui fazer. Quase te afundaste, felizmente acordei e sem tu saberes tive a minha acção mais altruísta. Sem tu saberes descobri uma faceta em mim que desconheci-a e que me fez compreender muitas acções do meu passado. Sem notares trouxe-te à tona, devagarinho, mas o barco já tinha ido ao fundo.
Durante 2 anos, mantive-me na sombra, trazendo-te a ti e fortalecendo-te. Tornaste-te ainda mais independente, encontraste a Susana que sempre viveu em ti e que por algum motivo ainda não tinha sido despertada. Saberia que isso poderia afastar-me de ti, mas tinha de ser feito.
Errei novamente em focar-me demasiado em ti e não em nós. Eras o centro da minha atenção. Era em ti que pensava daqui por cinco anos e não em nós ou mesmo em mim.
Hoje, perdi-te, para sempre. Mas olho para ti e vejo uma mulher forte, decidida, independente, genuína, verdadeira, coerente. Tudo o que sempre vi em ti.

Sexta faríamos Sete anos. E eu teria um barquinho

Isto não será para te convencer de nada, até porque não deves vir a ler este texto. Nunca vieste ao meu blog, nunca comentaste porque sempre respeitaste este meu espaço. Este texto servirá apenas para eu exteriorizar um pouco do que vai cá dentro. Tudo o resto guardo para mim, só para mim.







24 comentários:

  1. :( ... sempre os achei perfeitos juntos ... força nessa nova etapa aos dois

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  2. A vida será sempre esta sequência de acção-reacção.

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    1. Resta-nos ter poder de encaixe e vivê-lo intensamente!

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  3. Muitas vezes falei contigo, muitas vezes tentei chamar te à razão. Sempre te achei um romântico! Assim crescemos, assim tornamo nos melhores pessoas. Agora vais ser um homem muito melhor para uma outra mulher.
    Por aqui, apoiamos te, porque não deixaste de ser o Diogo. Porque gostamos de ti. Beijinho bom

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  4. Diogo, se as coisas aconteceram assim é porque não tinha de ser. Provavelmente serviu como uma aprendizagem para que daqui para a frente possas evitar esses mesmos erros e conseguires fazer com que as coisas resultem junto de alguém que te mereça e que ames verdadeiramente. Força e abraço!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Li o post e identifiquei-me muito com ele. Escrevi frases, apaguei frases... Demorei a publicar o comentário. Estive onde estás, sentindo-me como te sentes, pelo que leio. Sou uma estranha, apenas. Mas não estranho, de todo, as tuas palavras.

    Força. :)

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    1. Entendo a dificuldade em escrever sobre este assunto. Nunca conseguimos expressar por palavras 1/10 do que sentimos.
      Este post resultou mais de uma análise do passado que do presente.
      Obrigado.

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    2. Já passou algum tempo desde que vivi essa situação... Mas sei que sim, é sempre difícil escrever... Mas, ainda assim, para mim, será sempre mais fácil escrever do que falar, mesmo sabendo que as palavras escritas não serão nunca a totalidade do que se sente.

      Nada a agradecer... :)

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    3. Tens toda a razão margarida, esconder-me atrás de um computador ou telemóvel é muito mais fácil que verbalizar. Não me ouço.
      Mas as palavras ditas, mesmo dando mais alguma veracidade e intensidade através da entoação e ou expressão continuam a ficar muito aquém do que se passa cá dentro.

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    4. Não creio que te estavas a esconder atrás de um computador ou telemóvel... creio até que deste algo de ti em tudo o que escreveste, por isso não te escondeste. Estarão sempre aquém... por vezes, do coração a boca vai uma distância enorme....

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    5. E do coração aos ouvidos ainda é maior, tornando difícil ouvir o que ele nos diz ;)

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    6. Ouvindo, ainda somos capazes de fazer de conta que tal não aconteceu...! :)

      (A propósito da escrita, ia mandar te uma imagem, mas, não tendo aderido ao google+, essa tarefa foi impossível... e por causa da minha estranha relação com a net que não encontrei o teu mail (também apelidada de azelhice) ou é mesmo por não quereres?) :$

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    7. Pois é! Ignoramos o que ele nos diz.
      Já tinha reparado que não tinha o e-mail visível não sei bem porquê, mas também não me preocupei. Aderi ao Google+ mas confesso não perceber muito bem como funciona :) fmrdiogo@gmail.com

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    8. Não me querendo intrometer em conversas alheias mas já me intrometendo... Pessoal, andamos todos para o mesmo. Quando o meu pai me disse que o corpo está todo ligado esqueceu-se de me dizer que em questões de desamores todo ele se desliga. Ouvimos mas como não queremos ouvir, fingimos não ouvir. O coração bate mas nós não o sentimos. As palavras saem, escritas ou faladas, são sempre mais vazias que cheias... Também escrevo mais do que falo e quando releio ainda me impressiono como não traduziu o que sentia. Estou com vocês :)

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    9. Obrigado Ophelia pelas palavras. Realmente nunca iremos estar preparados para este tipo de problema por muito que achemos que temos tudo controlado.

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  7. Deparo-me com o teu blog e as tuas palavras precisamente neste momento difícil .... Deste pouco e tanto que partilhaste espero que o melhor para os dois sobressaia ...juntos ou não.
    Força!

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    1. Certamente é isso que ficará! Ela é uma excelente pessoa e o mal que aconteceu, que já foi há muito tempo, esrá mais que resolvido. Vai passando, prometo outros registos:)
      Obrigado pela força

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