Hoje estou irritado!
Mas mesmo irritado.
Ao ponto de ignorar muitos falar mal para uns tantos dar a entender a poucos e falar para ninguém.
Vim aqui depositar o meu descontentamento mas talvez não o percebam.
Um autocarro inicia a sua viagem sem ninguém. Uns montam-se logo na primeira paragem e dizem para onde querem ir, normalmente esses são os que consomem mais combustível, requisitando uma viagem longa de pára-arranca e com mau tempo. O bilhete é barato, tão barato que é grátis. Mas a coisa é feita, o motorista mete uma música alegre diz umas piadas e, com maior ou menor custo, chega-se ao destino.
Outros vão entrando e saindo, uns mais cedo outros mais tarde. Alguns voltam a chamar o autocarro por um serviço disponibilizado o qual, já gasto de tanto uso, ainda vai dando para os gastos.Os que saem, agradecem (dissimulada)amavelmente, e dirigem-se ao seu objectivo sem olhar para trás. Pouco se importam com o resto da viagem, focando-se apenas em quem vai no seu interior e na falsa cumplicidade oportunista adquirida.
Outros, tentam invariavelmente mudar o rumo ao autocarro, chico-espertos dos caminhos tentam desencaminhá-lo, fretá-lo a seu belo prazer. Muitas vezes o conseguem porque o motorista é uma banana, mole.
Ao fim do dia, o Bus dirige-se para a garagem, tarde, sem gasóleo, pneus gastos, bancos escritos com frases bonitas e outras menos bonitas que são escritas nas costas dos bancos para apenas serem lidas por quem descansadamente aguarda até ao seu destino. Diariamente anseia para que esse seja o dia em que aparece alguém que lhe encha os pneus, o depósito e apague as frases feias porque, mesmo sabendo que existem, pouco importam.
Uma vez por outra pergunto a casais amigos, irmãos, filhos, pais, amigos..
Porque gostas deste que dizes que gostas?
Nunca me convenceram.
Queres tentar?
Pode ser qualquer pessoa que ames. Como sabes, o amor é transversal e não só entregue ao namorado(a).